Clássicos de outro mundo | O Planeta dos Macacos (1968)

Um caminho para os filmes de ficção científica que viriam após os anos 60, principalmente pela ludicidade em contraste impregnada e criada pelo escritor francês Pierre Boulle que inspirou o clássico do cinema, depois de alguns anos o grande trabalho de produção por trás do longa foi capaz de mudar a  estrutura de premiações da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A inspiração inquietante e reflexiva da obra original de Pierre nos instiga sobre poder, domínio, escravidão o paradoxo de inteligência, filosoficamente a "Distopia",
usando como ponto de partida a ciência: O "conhecimento desejado por todos". As experiências de Boulle na segunda guerra mundial são paralelos de inspirações visíveis na obra de ficção científica apresentada por ele em literatura e que trouxe ao cinema umas das obras de ficção mais aclamadas pela crítica de todos os tempos. Planeta dos macacos de 1968 teria grande responsabilidade, pois estrearia no mesmo ano de "2001: Uma Odisseia no Espaço" de Stanley Kubrick, no entanto a adaptação dirigida por Franklin James Schaffner continuou sendo um marco para a sétima arte, que também gerou sequencias, além de séries para a TV, desenho animado e histórias em quadrinhos. O enredo do filme consiste em teorias científicas experimentais, onde o homem em viagem ao espaço na velocidade da luz estaria alheio ao tempo que se passa na terra, ou seja o tempo para eles seria mais lento. Crentes em tais teorias, a companhia de cientistas enviam alguns tripulantes para o experimento, um deles o protagonista Charlton Heston, interpretando o grande papel de George Taylor, hiberna em uma jornada de  pouco mais de 1 ano até que sua nave enfim chega a um planeta firme semelhante a terra, a partir disso ele descobre que sua
teoria estava correta e já haviam se passado milênios. Ao caminharem pela terra desconhecida em busca de respostas os tripulantes se surpreendem ao encontrarem humanos selvagens que não tem o domínio de qualquer linguagem aparente com aspectos primitivos. Depois de algum tempo Taylor descobre que há outros habitantes, porém com características de dominadores violentos, macacos que dominam a língua "humana" que andam sobre cavalos e usam armas oprimindo a outra espécie. Planeta dos Macacos tem uma das cenas mais incríveis do cinema que ocorre quando enfim Taylor se depara com a estátua da liberdade, um ícone do seu país, enterrada na areia, ele vê suas esperanças e sua "liberdade" frustrada em uma Era de um domínio inverso á antiga terra. O longa trouxe também a interpretação marcante do brilhante britânico Roddy MacDowall como "Cornelius", já falecido em 1998 aos seus 70 anos, até hoje admirado
pelas gerações de atores de Hollywood por esse e outros trabalhos. A maquiagem da obra de Franklin James, recebeu o premio do Oscar "especial" de melhor maquiagem para John Chambers, sendo esse honorário, pois na época não havia tal categoria de premiação, porém a arte brilhante de Chambers foi destaque, além do filme ganhar mais 2 indicações no Oscar por melhor figurino e trilha sonora. Planeta dos Macacos de 1968 deixou sua marca influenciando a TV, música, comportamento. Bandas fizeram músicas inspiradas na filosofia de Boulle, além de filmes com referencias clássicas. A frase: "Tire suas mãos de mim seu macaco imundo" frase dita esta por Taylor, foi um dos jargões mais citados no mundo inteiro. Um dos vilões mais conhecidos na década de 70 no Brasil e Japão "Doutor Gore" de Spectreman, super herói Japonês muito querido no Brasil foi inspirado no personagem Zaius do filme. Há inúmeras curiosidades sobre o mesmo, convidamos que confira essa obra prima.  
  
 Imagens Inéditas Liberadas pela FOX em 2014.