A Odisseia de Kubrick | 2001: Uma odisseia no Espaço

arte por meio das perguntas, o questionamento do homem junto ao existencialismo. A evolução do ser humano apresentada em meio a analogias artísticas, uma dança com o inconsciente imaginável para grandes indagações da humanidade. O balé do satélite no espaço desconhecido e profundo foi trazido as grandes telas há quase meio século e ainda se mantém à frente de grandes produções atuais de fato, escola para as mesmas. A obra apresentada em 1968 por Stanley Kubrick 2001: Uma Odisseia no Espaço, fugiu dos padrões SCi-Fi dos roteiros enxutos e amarrados com protagonistas em suas aventuras. A narrativa do filme se compara a um livro totalmente visual onde as ilustrações quebram
todos os protocolos estabelecidos, pulando para fora da tela quadrada casual. Podemos comparar algumas cenas ricas em efeitos bem aplicados com as obras do artista René Magritte, essa narrativa também pode se dar pela produção do filme e do livro escrito por Arthur C. Clarcke ao qual Kubrick também foi co-autor da obra, porém decidiu não receber tais créditos. As ideias de Kubrick soam como questionamentos, inteligencias artificiais, o contato do homem com sua velhice e  o desconhecido,  essas visões concretizadas teriam um orçamento inicial de 6 Milhões de dólares, no entanto foi expandida para quase 10 milhões. A produção levou aproximadamente 5 anos para ficar pronta. No Longa nós temos a inteligência artificial nomeada de "Hal" que tem uma origem muito curiosa onde, as três letras de seu nome precedem  as letras da marca "IBM" de computadores, mais tarde foi descoberto que C. Clarke o fez intencionalmente como uma possível homenagem a um computador "falante" da marca pioneira em computadores. Há
um título provisório que Kubrick e Arthur informaram a imprensa em meados da produção do longa que se chamava: "Jornada pelas Estrelas" no ano de 1965, porém a aclamada criação do grande visionário moderno Gene Roddenberry "Star Trek" só seria lançada ainda em 66. Os efeitos artísticos tão reais e surreais do filme trouxeram grande ponto de discussões na década de 1960 onde o homem pisou na lua. Muitos naquela época duvidavam da veracidade das imagens capturadas dos astronautas Armstrong e Aldrin, assim diziam que as imagens divulgadas do homem na lua seriam meras criações de Stanley Kubrick e sua equipe de efeitos visuais. A Odisseia de Kubrick ou de Homero como referência a mitologia grega assim como nome escolhido, existe um texto original de roteiro que incluiria cenas adicionais, uma introdução ao enredo, onde haveriam opiniões reais e entrevistas com astronautas sobre o contato com o desconhecido no espaço, alguns apontam que o vídeo inicial originalmente em preto e branco foi excluído por ideia do
próprio diretor. Os materiais usados pela produção tomaram destinos ainda desconhecidos, aparentemente o autor não queria nenhum resquício sequer de seu material sendo usado em outras produções de Hollywood, como já vimos em outros casos. A abordagem excêntrica e única do diretor dividiu opiniões na época apesar de hoje ser considerada por alguns a maior obra de ficção cientifica de todos os tempos. 2001: Uma odisseia no espaço tem um clima leve, porém um ritmo pesado que para alguns soa lento embalado em dados os momentos pela consagrada valsa de Strauss a Danúbio Azul, a dança com o satélite pode não ser um filme para todos os públicos, porém trouxe uma nova visão para o cinema como um todo. São quase infinitas as discussões que Stanley Kubrick coloca à nossa frente em sua Odisseia, talvez se escrevêssemos outro livro sobre essas teorias seriam mais interessantes que tenta-las escreve-las superficialmente. A criação de Stanley é reconhecida culturalmente no mundo inteiro seus aparatos de efeitos especiais, conceitos de naves e textos do filme estão nos museus.  Ainda podemos conferir uma breve continuação dessa produção intitulada: 2010: O ano em que faremos contato, de 1984.







Direção: Stanley Kubrick 

Ano de Lançamento: Abril de 1968

País: EUA

Gênero: Ficção Cientifica

Elenco: Keir Dullea, Gary Lockwood, Willian Silvester, Leonard Rossiter, Margaret Tyzac e outros. 




A Verdade está la fora | Arquivo X

A busca pela verdade, o Novo México, as Abduções ou melhor os Arquivos-X. A formula do desconhecido de teorias da conspiração que nos intrigam e nos levam em uma trama continua de suspense, nos deixam com a mente aflorada para os questionamentos apresentados. Os mistérios tomando intensidade, nos prendem em busca de "respostas" (A Verdade está lá fora), frase essa pregada na cultura pop como cartão de visita da série criada por Carter que nos remete a essência do mesmo. A partir de sua estreia em 1993
a TV jamais foi a mesma, pois o estilo de Chris Carter, traria uma nova formula para uma série de TV na época, consolidando assim subtramas geniais para levar o admirador ou apreciador de passagem a acompanhar uma temporada completa. O autor teve a ideia da série depois de ler uma matéria em um jornal sobre uma pesquisa que 3,7 milhões de pessoas já haviam afirmado terem sido abduzidas por Óvnis. Na época alguns executivos da Fox acharam a ideia que tinha inspirações como:" Kolchak e os demônios da noite", muito sombria para tal e também quem não conseguiu liga-la a "The Twilight Zone"(Além da imaginação, 1985), porém a ousada "Twin Peaks" do grande Lynch, já havia aberto o caminho para os nossos agentes do FBI com seus casos estranhos, reflexivos e amados pelos fãs. depois de algum tempo de revisão a série foi oficialmente liberada para a TV. O "X"  dificilmente esquecível; isso era visto em
camisetas, revistas e posteres, certamente se transformou no símbolo da serie que alcançou sucesso de publico indo da 1ª à 10ª temporada, ainda rendendo a produção de dois filmes, "The X-Files: Fight The Future" de 1998 e "The X-Files: I Want to Believe" de 2008. Nos planos de Chris Carter a série iria somente até a 5ª temporada, porem a raposa queria extrair um pouco mais até mesmo pregando um marketing de peso ligada a "The Simpsons". Pelo seu sucesso, sabemos que para prolongar tais eventos a motivação de Mulder de buscar a verdade se estendeu por mais algum tempo, e amamos isso pois a mistura de conceitos apresentadas jamais vista traria grande aceitação. A mistura de OVNIs e o Sobrenatural nos cativaram alias, eles nos conquistaram, Mulder e Scully, no entanto Chris Carter confessou que em sua ideia original da série, o mesmo não queria a formação de um casal, pois isso traria a série o "comum" já apresentado em outras séries, outro fato é que a abdução de Scully durou quase uma interminável temporada, primeiro por causa de sua gravidez em meados da série e em segundo por causa da teimosia de Carter em não querer de jeito algum substitui-la, bem, vamos concordar ele fez o correto, Gillian Anderson inevitavelmente conquistou o público mais tarde. Para constarmos Ela não
seria uma "musa" segundo o diretor desse universo, Chris confessou que queria uma atriz totalmente desconhecida totalmente fora do estereotipo "das mulheres mais atraentes" como de costume nas outras séries, Scully teve inspiração na personagem Clarice Starling de "O Silêncio dos inocentes". No Script a curiosidade de Mulder teve uma motivação maior que foi o desaparecimento de sua irmã ou sua abdução como mencionado por Fox, nisso eles acabaram entrando em um labirinto, onde se envolvem naturalmente em uma estrada sem fim para o desconhecido. A série já teve 30 milhões de espectadores em um único episódio. Na vida real os atores fazem um papel oposto, a Atriz Gillian Anderson é quem acredita e Duchovny é o Cético, ironicamente. A trilha sonora de abertura de sucesso de The X-files é uma grande marca, psicodélica e única, o compositor Mark Snow disse ter se inspirado na canção do The Smiths, "How Soon is Now?".